terça-feira, 17 de abril de 2012

Ghostgirl – Tonya Hurley


Charlotte Usher é uma menina invisível. Pelo menos, ela acha que é. Ninguém na escola a nota, mas ela está disposta, neste ano, a mudar a situação. Será amiga de Petúnia, nada mais do que a menina mais popular da escola, e de Damen, o garoto dos seus sonhos e... namorado da Petúnia. Quando, para ela, seus sonhos parecem que poderão se concretizar, Charlotte morre. E uma morte digna de uma menina-invisível do colégio: Bem sem gracinha, sem estardalhaço, sem glamour. Uma morte bem idiota mesmo. Nem a vida e nem a morte parecem justas para ela!

Charlotte percebe que morrer não acaba com a necessidade de ir para a escola, embora as coisas estejam um tanto diferentes agora. Mas, ao invés de aprender com sua vida anterior, ela está mais interessada em usar os benefícios que a morte lhe trouxe, como ficar no vestiário com Damen, entrar na casa (e quarto, banheiro, closet) de Petúnia.

Quem nunca ouviu o ditado: “não julgue um livro pela capa”? Bem, nesse caso, posso dizer para vocês, vale a pena. A capa é uma graça, não se percebe por aqui, na imagem, mas ela é vazada, então, a capa, por si só, é essa parte preta meio moldura de espelho, meio caixão. Já na primeira página do livro é que está a ilustração de Charlotte.

Em cada início de capítulo, também há um agradinho: Outra ilustração meio gótica, mas bem fofinha, juntamente com trechos de livros, de filmes, uma coisa bem pop. E embora o livro seja de leitura rápida, e um tanto quanto juvenil, as poesias e as músicas escolhidas para terem um trechinho na abertura dos capítulos são um tiquinho mais antigas. Temos REM, The Smiths, etc. Assim, quem tem mais ou menos minha idade também pode se divertir, lembrando daquelas épocas em que colocávamos pedaços de músicas e poesias na agenda.

Charlotte é a típica adolescente que tenta ser popular e, para uma pessoa mais adultinha, isso pode parecer chato às vezes, porque ela é teimosa e infantil. Mas oras, é dessa infantilidade, por ela ser mais bobinha é que as cenas cômicas aparecem. A personagem mais madura na estória é a irmã da Petúnia, que pode ver Charlotte, e quem sabe, tentar colocar um pouco mais de juízo naquela cabecinha alma. Li o livro dando risada, me divertindo mesmo com as bobagens e confusões criadas pela Charlotte. Leiturinha boa, relaxada e descompromissada. E aí, para fazer minha boa ação, dei o livro para uma sobrinha minha. Ela já gosta de ler, mas com um livrinho desses, nada melhor para reforçar a idéia do amor às letras, não é?

PS: Comprei o livro no comecinho do ano, mas não foi tão fácil achá-lo. Encomendei na Livraria Cultura. Agora, não sei se a situação melhorou.

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