segunda-feira, 18 de junho de 2012

Para Sempre – Kim e Krickitt Carpenter


Li o livro já faz um tempinho, mas resolvi esperar para ver o filme, para comparar.

Honestamente, não precisaria. Já sabia que o filme era só inspirado na história real, mas na verdade, eles têm só o tema em comum, o resto é bem diferente, então, realmente, são duas coisas bem distintas.

A história real, contada no livro, fala sobre Kim e Krickitt Carpenter, americanos que se conheceram depois que Kim, que era treinador de uma equipe de baseball, liga para encomendar agasalhos esportivos a uma empresa. A atendente é Krickitt. É bacana e inusitado a forma como o casal se conheceu, afinal, imagino quão poucas são as chances desse tipo de encontro dar certo. :)

Daí em diante, temos um relato sobre como mantiveram contato (telefonemas e viagens aéreas) até se casarem. Krickitt é muito religiosa, cristã praticante, missionária. Aí, apenas dois meses após o casamento, ao irem passar o dia de ação de graças na casa dos pais dela, sofrem um acidente, onde ela quase morre.

Ao começar a melhorar, percebem que Krickitt não se lembra de ter casado. Nem de Kim. E aí passamos a saber como foi o período de recuperação dela (de como ela ficou chata, parecendo uma criança mimada, ou uma adolescente rebelde), e a percepção de Kim de que sua amável esposa tinha morrido naquele acidente,e dado lugar a outra Krickitt.

Compartilho o sentimento de muita gente que leu o livro (e que leu entrevistas dadas pelo casal). Não foi, aparentemente, o amor que manteve o casal junto, mas muito mais o sentimento de dever religioso, de manutenção dos votos matrimoniais. O que não desmerece a história, por favor. Mas se você espera romance, talvez se decepcione.

Aliás, uma das ressalvas sobre o livro é justamente isso. Não que se espere um romance água-com-açúcar. Mas devemos ter em mente ao ler o livro, de que ele é um relato. Não foi escrito por um escritor, realmente, mas por Kim e Krickitt (mais por Kim, o que deixa algumas passagens meio floreadas demais, um tanto forçadas, pois quando se vê entrevistas de Krickitt, percebe-se que ela sempre diz que nunca mais se lembrou dos momentos de casada, de como foi conhecer o marido, e mais, que não se apaixonou perdidamente por Kim, mais uma vez, mas sim aprendeu a viver com ele).

Ao ler o livro, temos a impressão de ler, na verdade, uma reportagem de jornal ou revista.

E eu não costumo gostar de capas de livro com cenas de filme. Pode ser jogada editorial excelente para alguns, mas para mim, o efeito é contrário. É um tipo de repelente, chego a não comprar o livro, se a capa oferecida é a que foi feita com um cartaz do filme. Mas, nesse caso, não tinha muita escolha, foi assim mesmo (e olha que gosto da Rachel McAdams).

Sobre o filme, como já disse, tirando a premissa acidente-amnésia, esqueça o restante do livro. O nome dos personagens, profissão e desenrolar da história é totalmente outro. A cena inicial do casamento é bem bacana, e serve para fazer algo que foi falho no livro: identificação com o casal. Aquela coisa de ver a fase inicial dos dois e depois ficar torcendo para que eles voltem a dar certo, sabe? (isso porque o casal do filme, com McAdams e Channing Tatum nem é tãaaaao bom assim. Química mesmo foi entre Rachel e Ryan Rosling em Diário de Uma Paixão :P ). Também não é um filme excelente, mas além de mostrar mais o casal junto, o que gera essa identificação, traz um outro antagonista (além da própria amnésia), o ex-noivo, o que dá mais "caldo".

Recomendo os dois, filme e livro, com as ressalvas acima. Assistam, leiam... mas não precisa sair correndo para fazê-lo!
 casal da ficção e da vida real

Se quiser um texto a mais sobre a história (em inglês), clique aqui

Trailler do filme, aqui 

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