segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Férias - Marian Keyes - Desafio Literário


Já que eu comecei a falar de chick lit, citei a Marian Keyes e o seu Melancia, já que o desafio literário em fevereiro é sobre livros que nos façam rir, já que o ritmo da vida ainda está meio devagar (pra mim), já que, já que..........

Voltaremos a mais um livro das irmãs Walsh!

Para quem não sabe, são cinco doidinhas: Claire (Melancia), Maggie (Los Angeles),Rachel (Férias), Helen (não tem livro ainda) e Anna (Tem Alguém Aí?), cada uma parecendo mais maluquete que a outra. Quero muito o livro da mala da Helen, e Los Angeles (Maggie) ainda não animei. De tanto as irmãs falarem que ela é chata, peguei birra (e sei que, provavelmente, vou me arrepender quando ler). De resto, já está tudo lido!
Mas, indo direto ao que interessa: Rachel Walsh mora em Nova Iorque junto com uma amiga. Vive a vida loucamente, indo a todas as festas que consegue, curtindo bares, noitadas, drogas (mas ela jura que são recreativas, todo mundo usa, e ela para quando quiser) e muuuuuito álcool. Se envolve com um carinha, e ela morre de atração por ele, mas não assume nem para si mesma, já que, segundo ela, ele parece breguinha e estacionado em algum lugar do passado, junto com aqueles cantores de rock cabeludos e de calça de couro.

Ela acha que está tudo sobre controle, embora as pessoas comecem a dar sinal de que estão se cansando dela, até que ela surta e tem um pequeno “acidente” (segundo ela, claro): sofre uma overdose.
Os pais a tiram de NY e avisam que ela irá ser internada, vai para a reabilitação. No começo ela surta mas, ao descobrir qual clínica é, fica animadinha. Segundo ela sabe, é a clínica super famosa onde os super famosos se internam. E se ela esbarra com alguém lá? Achando que tudo são férias, ela vai contente para a rehab.

Obviamente o castelo de conto de fadas que ela armou na cabeça não é bem o que parece e ela será obrigada a encarar os outros internos e, principalmente, a si própria.

Embora o tema (dependência química) seja, de fato, pesado, quem já leu Marian Keyes (que segundo conta, já enfrentou o alcoolismo), sabe que, mesmo nas partes tensas, sempre tem aquela frase que nos faz rir – e muito. Ela trata o assunto de forma leve. E Rachel no começo é totalmente lesada, alienada, o que nos rende boas risadas. Mesmo quando já está caindo na real, ela ainda tem tiradas geniais (traço, aliás, existente em todas as irmãs Walsh que li, em menor escala para Anna), o que faz com que você perceba que está vendo uma coisa muito séria, que talvez tenha acontecido com alguém que conhece (ou você mesma), mas está lá, rindo. 
Só não gosto muito dos preços dos livros da Keyes... alguém me explica porque eles nunca ficam baratos??

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Freud, me tira dessa – Laura Conrado – Desafio Literário 2013


Mais um livrinho de fevereiro, para o Desafio literário (tema: livro que nos façam rir)
Comprei o livro numa livraria do aeroporto (eu disse pra mim mesma que não ia mais comprar livros esse ano, mas, sempre me saboto), e terminei de ler entre a espera para embarcar e a chegada em Brasília.

Catarina é uma moça dos seus vinte e poucos anos, que passou a infância e a adolescência no interior de Minas, em Divinópolis, mas está atualmente em Belo Horizonte trabalhando numa multinacional, ganhando seu dinheirinho (que, claro, deveria ser maior), morando sozinha, saindo com as amigas, etc. Mas, enquanto a vida profissional parece andar bem, a pessoal está um caos. Acabou de levar um fora do colega de empresa, com quem se relacionava meio escondido, e o cara logo em seguida assume um namoro com uma menina pra lá de sem graça... também colega de trabalho. Para dar um descanso, vai pra casa dos pais no interior e descobre que a irmã mais nova agora namora seu primeiro amor de infância.

As suas duas grandes amigas em BH também parecem ter problemas (mesmo aquela amiga lida, que parece a Barbie, não parece estar super resolvida). Ouvindo a dica de uma parente, resolve que vai fazer terapia e resolver seus problemas... mas acaba se apaixonando pelo terapeuta e, assim, a confusão está armada.

No meio das passagens engraçadas, também tem coisas que fazem a gente pensar, como relacionamento entre pais e filhos, irmãos e os traumas que algumas coisas causam na gente, e carregamos pra vida, sem entender o porquê de tal comportamento.

A autora, Laura Conrado, foi fazer análise, um dia, e se apaixonou pelo terapeuta. Mas a história não é baseada somente na vida dela, mas numa reunião de várias histórias, de inúmeras mulheres que ouviu. Daí que fica fácil se identificar pelo menos um pouquinho com alguma passagem que ela conta. E dizem por aí que o livro vai virar série J

Diferentemente do livro do Luís Fernando Veríssimo, não é aquela história em que você morre de rir o tempo todo. Mas ele, mesmo nas partes mais sérias, não tira o humor do foco. A autora brasileira acerta ao nos dar um chick lit parecido com o deMarian Keyes, retratando a vida louca das irmãs Walsh, sabe?
Recomendo, leiturinha fácil e rápida, divertida, mas que, ao mesmo tempo,  faz a gente pensar em algumas atitudes. Leiam também!

PS: no site da autora, há uma promoção, e o livro vem autografado (poxa, fiquei fora dessa, para variar)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Todas as Histórias do Analista de Bagé - Luís Fernando Veríssimo (Desafio Literário 2013)


Desafio Literário 2013 – fevereiro: Tema comédia

Acelerei minha resenha relativa ao Desafio Literário 2013, relativa ao mês de fevereiro, para dar tempo de alguém cogitar ler esse livrinho no carnaval: As Melhores do Analista de Bagé é um livro curto, recheado de histórias mais curtas ainda, pequenos contos mesmo, coisa de não mais de três ou quatro páginas, em geral. Então, se você está de férias, ou se no carnaval vai para a praia, sugiro que tente ler esse livro. Até as horas perdidas no ônibus ou no avião/aeroporto podem ser melhores aproveitadas (e como) em companhia do analista mais engraçado de todos os tempos.

O Analista de Bagé é analista, gaúcho daqueles que não larga a bombacha e a cuia nem para tomar banho de mar. E, embora se declare um seguidor convicto de Froid, acaba geralmente realizando atos pouco ortodoxos, como seus famosos joelhaços, capazes de dobrar qualquer incauto que cruzasse sua sala.

O auxiliando na labuta diária, está Lindaura, a recepcionista (que não só recebe, mais dá). E você fica aí, lendo o livro que faz com que você ria de um tema considerado difícil: a psicanálise.

E Luís Fernando Veríssimo não é bobo, e no meio das risadas, e da comicidade do personagem, percebem-se críticas ao machismo, aos preconceitos contra a mulher, homossexuais, política, entre outros.

Um extra: Juro que eu acabei lendo o livro todo fazendo mentalmente o sotaque gaúcho para os personagens. Acho impossível ler esse livro sem se “contaminar” e sair falando com sotaque sulista, sério!

O Analista de Bagé é um dos personagens mais famosos do autor, e acabou virando tema de música, teatro, tirinhas... já conhece esse gaúcho??