sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Butterfly - Kathryn Harvey - Desafio Literário 2013 (Vingança)



No mês de agosto, no Desafio Literário, o tema é vingança. E estava no aeroporto esperando uma conexão que seria meio longa, ia ficar um tempinho chato nesse lugarzinho... chato. Então, fiz aquela coisa normal, a passadinha estratégica na livraria local. Um livro estava em destaque, afinal, a temática erótica está em voga. 

Olhei pra ele e pensei que seria divertido ler o livro no aeroporto/avião enquanto chocava e deixava com curiosidade quem estava ao meu lado (reparei que isso acontecia com a trilogia dos 50 Tons, aí fazia de propósito, queria mais era ler ‘ao ar livre’).

Mas olha, achava que ia ser um livro de pegada exclusivamente erótica, mas o tema principal não é esse, é VINGANÇA! Opa, o livro anteriormente escolhido vai ficar pra depois, falo sobre ele num segundo post, se agosto me deixar com mais tempo (julho foi tenso). Então, unindo o útil (desafio) ao agradável (livro inesperado), vamos ao que interessa:

Butterfly é uma lugar misterioso localizado acima de uma loja de roupas caras masculinas, na Rodeo Drive. O que poucos sabem é que se trata de um local onde mulheres vão, somente se convidadas por outra “associada” e previamente autorizadas, para realizar suas fantasias sexuais. Em Butterfly tudo pode ser arranjado: o homem idealizado, cenários, comida, bebida... 

Ao mesmo tempo, uma das mulheres mais ricas dos Estados Unidos está promovendo um pastor, dando festas e criando eventos, declarando apoio para a candidatura do líder religioso à Presidência do país. 

Em momentos de flashback, uma menina maltratada pela vida sai à procura de suas raízes, querendo saber onde está sua irmã. Quando todos esses mundos colidirem, qual será o resultado?

Como a história, já disse, não é basicamente erótica, julgando o livro por sua capa, mas sim de vingança, não creio que possa contar mais sobre o livro sem que corra o sério risco de estragar a surpresa para quem quiser ler. O que posso contar, basicamente, acho que já disse acima. E, para quem quiser a parte erótica, fique tranquilo. Também está lá, afinal, as relações entre os personagens vão se entrelaçando, e as frequentadoras da sociedade também tem seus encontros secretos revelados para os leitores assim que pisam no Butterfly.

Para os mais tímidos, já alerto que ao mesmo tempo, não é nada muito chocante, achei menos pesado que 50 Tons (mas achei que 50 Tons somente parecia pesado, e no fim não era nada demais – então, se achou 50 chocante, pese minha opinião).

A escritora fez uma pesquisa interessante sobre os EUA na época de Kennedy, então, quanto ao tema, e quanto à proposta de escrita, achei mais bem feito que 50 Tons. E se você acha que esse livro é um daqueles milhões que surgiram imitando a trilogia cinza, sugiro que pense novamente. Butterfly foi estrito em 1988 (!). Portanto, é mais ‘original’ e menos cópia do que se pode julgar. A republicação do livro (e dos demais, descobri há pouco que é uma trilogia também) é que foi esperta, visando abocanhar aqueles leitores entusiasmados com abertura da febre do ‘soft porn’.

Quanto à mim, bem, como disse, não gostei nada dos 150 tons (Trilogia 50 Tons). Não consigo achar aqueles livros bons e nem extremamente chocantes, como muitos quiseram afirmar. Aliás, achei até puritano! (a autora quer falar de sadismo, submissão, bondage, mas não consegue escrever vagina, pênis... acaba escrevendo: ele desceu até ‘lá’ , eu coloquei a boca ‘nele’– OOOi?? ‘Lá’?!?!?!? ‘Nele’??!!??. Decida-se, ou é ousada ou é recatada)!!

Butterfly também não é um livro da categoria excelente (alguém tem um livro dessa temática que considere realmente bom?), mas bem melhor que o da modinha. Percebe-se uma certa pesquisa histórica, há o recurso dos flashbacks, há mais mistério, e vingança sempre dá um temperinho bom não é??  

PS: Kathryn Harvey é na verdade o pseudônimo utilizado por  Barbara Wood. Os demais livros da trilogia são: Stars (2) e Private Entrance (3).

Lua Azul (Os Imortais) – Alyson Noël - Desafio Literário 2013




Atrasadinha, eu sei, mas é que mês passado foi meio atribulado. Enfim, ao que interessa:

Já tinha lido ‘Para Sempre’ faz um tempinho. Achei a capa do livro interessante, mas não tinha comprado. Num aniversário meu, ganhei. Então, tratei de ler (livros não lidos na prateleira me dão agonia, nem posso comprar muitos, já que a lista de espera começa a me dar aflição). Lembro-me de ter achado ok. E só. Tanto que já sabia das (mil) continuações mas nem me interessou. E ficou assim até o Desafio Literário ter colocado essa história de cor no nome do livro. Bem, a continuação de Para Sempre é Lua AZUL, então, achei que era uma oportunidade para dar mais uma chance à série, já que sempre tem alguém me dizendo que ama.

Resumindo: Ever é imortal agora, e está ao lado de Damen, seu amor de vidas passadas. Mas, com a chegada de um aluno novo, por quem ela nutre uma estranha antipatia desde o princípio, as coisas começam a ficar estranhas. Bem estranhas. Amigos se afastam, Damem agora parece ter repulsa à sua presença, e Ever se torna uma espécie de pária na escola. Mas ela sabe que algo está terrivelmente errado e, mesmo sem estar totalmente preparada para utilizar seus poderes de imortal, decide fazer o que for preciso para entender o que está acontecendo e fazer com que tudo volte ao normal. Damen pode estar em perigo, e ela sabe, de alguma forma, que o misterioso aluno novo deve ter algo com isso. Mas seria Ever capaz de tomar as decisões corretas?

Olha, sinceramente, para contar o livro todo, faltava só ser um pouquinho mais explícita, realmente dando um spoiler aqui e acolá. Não que eu acredite que atualmente exista alguém no mundo além de mim e outros eventuais desistentes, que já não saibam o que aconteceu (os livros já estão todos lançados, inclusive em português). Ever continua uma chata, mas esse nem é meu problema. Não espero encontrar maturidade numa adolescente de 16 anos  que perdeu os pais recentemente e teve sua vidinha típica substituída por outra totalmente inversa ao que ela tinha planejado. Muita gente reclama da personagem, mas meu problema é com a autora mesmo.

Acho tudo muito enrolação, não há tantos acontecimentos, então há aquela espichada básica. Parece que ela encarou o negócio como uma monografia, onde a gente tem o mínimo de páginas para respeitar, entende? Então ela vai, enrola, volta, coloca mais uma crise da Ever (prejudicando nossa empatia com a personagem principal). Aí, faltando algo como 5 capítulos para a coisa se resolver, ela começa a correr e acaba o livro......... num anti-clímax daqueles. Caramba, super broxante para mim, que não sou fã da série, imagina para quem gosta e leu o livro esperando mais... foi uma leitura super rápida, de uma tarde e só, mas sabe quando você termina de ler algo e pensa: que decepção!

Não tenho grandes ressalvas com finais anti-climax. O importante pra mim é que o suspense causado seja bom o suficiente para fazer com que a gente queira correr para a livraria e comprar o próximo (Harry Potter tinha ‘finais’ assim, a trilogia ‘Dragões de Éter me fez ir ao shopping assim que ele abriu para que eu pudesse sair do mistério do segundo livro e ir logo para o terceiro, etc). Mas esse é simplesmente decepcionante, na minha opinião. Mas, para não dar mais chance à série (aquela coisa de:ah, já comecei, agora vamos ver se eles terminam felizes, juntos e para sempre??) fiz uma coisa com a qual não sou mesmo habituada: Li resumões dos demais livros intermediários, para saber a evolução dos personagens, inclusão de novos, etc, depois baixei ‘Infinito’, que é o último livro da série, li o resumo dele também, aí coloquei na pesquisa a palavra “Adelina”, cheguei na parte que me interessava, que explicaria o ‘karma’ de Ever e Damen, depois pulei para a parte final e vi o que acontece. E chega. Sei o que há entre eles, como acabou e fim. Acabou meu compromisso com a série! :P

Sei que tem gente que ama “Os Imortais”, mas não aconteceu comigo. Lendo muitas resenhas por aí, depois, para saber se só eu sou chata, percebi que muita gente desistiu no meio do caminho, outros foram até o fim, mas frisando que era uma espécie de desafio, não exatamente porque gostavam. Mas tem gente também encantada, que torceu, chorou, enfim. Pode ser que não tenha sido meu momento, ou meu estilo, mas, se faz o seu, se joga!!