segunda-feira, 31 de março de 2014

A Deusa Cega – Anne Holt – Desafio Literário (pessoal)



Quase que nesse mês não rolou o desafio extra do mês – o de autor de um país não muito conhecido e, se der, a receitinha. Aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo estou publicando a última resenha!
 
A bem sucedida advogada (da área comercial), Karen Borg, numa caminhada com seu cachorro, encontra um corpo totalmente desfigurado. Qual sua surpresa em saber, depois, que seu ex-colega de faculdade Håkon Sand está investigando o caso, e que o suspeito do crime, que foi encontrado desorientado e totalmente coberto de sangue nas ruas quer que ela seja sua advogada.

Pouco depois, o advogado criminal mais bem sucedido da Noruega, Peter Strup, demonstra interesse na causa, e outro advogado, Hans Olsen aparece também assassinado. A investigadora Hanne Wihelmsen chama a atenção de Sand, pois acredita que todos os casos estão interligados. Juntos, vão tentar desvendar os casos, mesmo com poucas provas e recursos, suspeita de uma grande jogada envolvendo tráfico de drogas, corrupção no governo, envolvimento de advogados e mensagens em códigos.

Como todo livro policial, não vou me atrever a ir além disso, caso contrário posso extrapolar e receber alguns xingamentos (com razão).

Achei o livro bem escrito, bem costurado, mas senti que faltou alguma coisa, aquela vontade louca de não parar de ler para descobrir o final. Sim, eu tinha a vontade, mas ela não era sensacional, entende? Não amei de paixão nenhum dos personagens, ou detestei outros. A que mais me agradou foi Hanne, que aí sim, despertou minha curiosidade. Cheia de segredos, reservada e com humor irônico é, sem dúvida, minha predileta.


Aí a minha surpresa, ao ler mais sobre a autora, que o Deusa Cega é o primeiro livro (de oito, salvo engano), sobre a investigadora. E que, no Brasil, além desse, temos o 1222, que é o último (!!). Minha recomendação, fujam de qualquer notícia sobre o livro 1222, pois já irão saber muito do que aconteceu na vida de Hanne (não gostei de ficar sabendo como ela está, uma droga). Resta saber quando o Brasil vai trazer os demais livros da série, pois meu consolo, agora, é saber a trajetória da investigadora.

Como proposto, termino a resenha com uma receitinha. Para variar, muito fácil, tranquila, e um bolinho de maçã bem gostoso. Se quiser deixar simples, basta servir com café/chá. Se colocar com sorvete do lado e arrumar bem a fatia no prato, impressione seu par :)


Eplekake (ou: bolo de maçã norueguês)
Ingredientes:

2 ou 3 maçãs (prefira as mais ácidas – granny Smith ou pink lady, por exemplo)


1 ovo

180 gr de açúcar


180 gr de farinha
180 gr de manteiga com sal (já mole – em temperatura ambiente)
1 c. café de fermento em pó
Canela em pó
Uma pitada de sal

Modo de preparo:
Cortar a maçã em fatias finas (quanto mais finas, mais difícil será para que elas afundem no bolo. Colocar em uma tigela com água e suco de limão, para que elas não escureçam). Eu não descasquei e acho desnecessário, nessa receita.
Na batedeira, misture o açúcar e a manteiga, até ficar bem claro e fofinho, adicionar os ovos, um a um. Depois, desligar a batedeira e acrescentar a farinha, peneirada, o sal e o fermento em pó.
Colocar em forma tipo tarte (redonda – mas vi fotos com forma retangular mesmo), untada e enfarinhada. Por cima, colocar as fatias de maçã (se tiver dom e/ou paciência, dá para fazer aquele desenho bonitinho, bem organizado). Polvilhar açúcar e canela por cima (usei o mascavo), e assar em forno pré aquecido, 200º, mais ou menos 20 minutos.


sexta-feira, 28 de março de 2014

Dezesseis Luas - Margareth Stohl e Kami Garcia - Desafio Literário



Última leitura opcional do Desafio Literário do blog Fascínios Literários, tema: ler o primeiro volume de uma série que contenha quatro livros (spin-offs contam). Escolhi, já com uma certa pressa (mês acabando, fiz foi ler livros fora do desafio, quase me atrapalhei), o Dezesseis Luas, que muita gente já leu, viu o filme, etc, e eu... nada. 

Uma coisa que muita gente apontou como ponto positivo (e é!) é o fato dele ser narrado por um garoto. Gente, livros com essa temática, cujo narrador é masculino é raro de se ver, e achei que é um ponto diferencial bem interessante. 

Ethan é um menino que mora em uma cidadezinha americana (Gatlin) em que todos se conhecem (pense no aspecto negativo, inclusive). Enquanto todos parecem bem ali, ele só pensa em sair daquela cidade e fazer coisas que, até então, só pode imaginar. De repente, uma nova pessoa surge na cidade, Lena, sobrinha de Macon, que é considerado uma pessoa estranha e reclusa (não é visto fora de sua casa já faz tempo). Só isso gera toda a inimizade e desconfiança da cidade praticamente toda. Ainda, para piorar as coisas, as lendas da cidade sobre a família de Lena não são das mais animadoras. Ethan passa a questionar o tratamento que Lena recebe das pessoas, ainda mais depois de perceber que a garota dos seus sonhos - e pesadelos - (literalmente) é ela.  

Ethan acaba descobrindo que Lena faz sim, parte de uma família de conjuradores (as pessoas comuns chamam de bruxos, mas eles não gostam desse tratamento) e que, ao fazer dezesseis anos (em pouco tempo) será chamada para servir à luz ou às trevas, sem que ela possa escolher seu lado, o que a deixa aflita.

Juntos – e apaixonados – resolvem buscar uma maneira de resolver a questão. Entretanto, além de tudo, parece que o amor entre os dois não deveria existir...

Olha, poxa, esse mês não dei muita sorte. Muita gente (a internet quase inteira) parece ter gostado desse livro (pelo menos foi a impressão que tive ao procurar algumas resenhas). Acho que estou meio solitária no meio, mas achei meio bobo. Ethan até que é interessante, mas achei a personagem Lena um saco. Talvez se eu desse uma chance aos outros três livros, mas não me deu vontade, sabe? Acho que cansei um pouco dos clichês desse tipo de livros (garota estranha, meio bocó, esses amores que acontecem de cara, entre outras coisas), então, vou dar um tempo.

Como sempre, esse livro tem adaptação cinematográfica, e fui assistir (está disponível nesses serviços on demand de tv a cabo). Achei difícil de ver, nossa! E olha que tem muito ator bom nessa barca. A história foi bem mexida, e não sei se foi uma boa coisa não... e os atores não me cativaram, aí ficou realmente difícil!

Bem, é isso, desafio cumprido!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Veronika Decide Morrer - Paulo Coelho - Desafio Literário 2014



Gente, eu era dessas que tinha birra do Paulo Coelho sem nem ler. Sempre que falava isso vinha um fã que me perturbava e falava que eu não podia falar que não gostava de algo sem ler. Bem... eu sei que era verdade. Mas a leitura não me atraía, mesmo assim. Só que como sou teimosa, resolvi ler, muito tempo atrás, O Alquimista. Fiz minha mãe ler também, sem comentar nada uma com a outra antes do fim da leitura. Bem, o resultado? Nenhuma de nós gostou do livro (autoajuda total, desculpem-me se gostam, eu não). Já disse que sou teimosa? Pois tentei outros, só para sedimentar a opinião (Brida e Diário de um Mago). Não deu, não aguentei! Mas agora já podia dizer (com embasamento), que detestava Paulo Coelho.

Como não aprendo, resolvi, para o desafio extra do mês (o desafio obrigatório está aqui), ler “o Mago” outra vez. Vai que agora, anos após as primeiras experiências, algo muda? Assim, escolhi Veronika decide morrer.

Bem, como o livro começa? A dona Veronika, aparentemente bem, vida invejável para quem vê de fora, resolve que não quer mais nada da vida, toma remédios para se suicidar. A tentativa não vai muito bem, ela é resgatada, para num hospital para se recuperar. Aí, depois disso tudo, é internada numa clínica psiquiátrica, onde é atendida pelo Dr. Igor. Só que ele tem uma notícia para Veronika: ela, que se dizia cansada de uma vida sem sentido, não precisa mais lutar. Na verdade, tem pouco tempo de vida. 

Se eu contar mais, acabo com o livro. Bem, eu já conhecendo o estilo do Paulo Coelho, saquei o final. Mesmo, gente, sem implicância. E não curti novamente. Acho que agora eu posso parar. E para mim, podem os defensores me criticarem, mas é pura autoajuda, marmelada, etc.

Para quem não sabe, o autor foi internado em clínica psiquiátrica na vida, mas esse romance não é uma biografia. E, se alguém também não sabe, existe um filme sobre essa história (assisti também, antes de postar aqui, pois meu masoquismo não tem fim). É com a Sarah Michelle-Gellar (a Buffy) e até que é bem fiel à história (obviamente não tudo, mas o livro está lá).

Agora chega, definitivamente, posso dizer: não sou fã do Mago...