Que eu posso dizer desse livrinho minúsculo? Muitas coisas! Começando por um resumo curtinho, já que, se eu falar demais, acabo contando o livro todo:
Noah é um menino esperto, de oito anos, que resolve fugir de casa. As razões, ainda desconhecemos, mas ele acha simplesmente que o melhor jeito de lidar com um problema é fugir dele. Então, põe em prática seu plano:
"Noah Barleywater saiu de casa ainda cedo, antes do sol raiar, antes dos cachorros acordarem, antes do orvalho parar de cair nos campos."
Faz algumas passagens desajeitadas em uma cidadezinhas antes de se deparar com uma casa estranha, numa aldeia, com uma árvore que ele julga também ser peculiar. Depois de conversar com um burro (!) e com um cachorro falantes (!!), resolve entrar, e descobre então uma loja de brinquedos, todos de madeira. Lá, um velho, muito velho mesmo, resolve conversar com Noah sobre a vida.
Se eu escrever mais que isso conto tudo o de bacana do livro, juro! Então, vamos a mais coisinhas:
Confesso que comprei o livro numa promoção da internet, daquelas em que o livro está bem baratinho. Como é o autor de "O menino do pijama listrado" (infelizmente acharam que tinha que ter essa informação na capa do livro, o que, ao meu ver, estraga um pouco a ilustração), conheço e tal, resolvi comprar sem saber a história. Sem saber nem um pouco da história, aliás.
Isso, no começo, gerou uma certa frustração. Quando comecei a ler, estava esperando algo mais "adulto" por assim dizer. Quando comecei a ver elementos de fantasia, fiquei irritada comigo. Mas oras bolas, a culpa não é do livro, eu que não havia me informado. Então, ele ficou ali, meio abandonado, apesar de ter menos de 200 folhas (falei que era um livrinho).
Quando me dei conta da injustiça da minha birra, peguei o livro e recomecei. Ainda bem (para mim), pois o livro é uma coisa muito fofa e bonitinha. Gente, não vou dizer o que é, já disse, senão estraga. Mas o desenrolar da história é muito delicado, muito sensível mesmo. Recomendo para todos, crianças e adultos, fortemente. Aliás, é um ótimo livro para adultos lerem com/para crianças, o tema é bonito, tratado lindamente, e deixará todos (os grandes e os pequenos) pensando bastante.
Nada mais gostoso! Assim, completei muito bem o primeiro mês do desafio literário do ano, com o livro obrigatório e os dois optativos.
Atinjo também minha meta pessoal, à parte desse desafio, que seria ler um livro por mês, pelo menos, de um autor de país "não convencional" atualmente (leia-se Brasil e EUA). Para quem não sabe, John Boyne é irlandês :)
Pretendo, em homenagem aos países de literatura que desconheço (ia), sempre que atingir meu desafio pessoal mensal, fazer uma receita local, para "brindar" a minha descoberta.
Então, ontem à noite, fiz uma receita irlandesa. Beeem simples e gostosa, pode ser um acompanhamento para pessoas carnívoras, mas para mim, que praticamente não como carne (gosto de peixe e frutos do mar, frango só o peito, e mesmo assim, como isso muito raramente), é um jantar-delícia tranquilo.
Champs irlandês - Receita:
*Ingredientes:
Batata (usei 4)
Leite (usei 1/4 xícara)
Cebolinha a gosto
Manteiga (usei 3 colheres)
*Modo de preparo:
Cozinhar as batatas em água fervente, até ficarem macias. Descascar e amassar.
Colocar numa panela 2 colheres de manteiga, o leite e metade da cebolinha picada. Quando ferver, juntar a batata amassada e misturar.
Colocar num prato, fazer um buraco no meio do purê e colocar a colher de manteiga restante, para derreter. Finalizar com o restante da cebolinha picada
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| Tem como não amar receita com batata? |
Então, Noah foge de casa + receita irlandesa + objetivos cumpridos + cervejinha (ops, rs - só não era irlandesa) + Baileys de bônus (ooops, rss) = Missão lindamente cumprida!
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